20 de fevereiro de 2019

EU LI: Uma casa no fundo de um lago (Josh Malerman)

Oi gente!

Um pouco atrasada mas precisava registrar meus comentários sobre essa leitura, que fiz em janeiro, depois daquela enxurrada de comentários e críticas sobre "Bird Box", o filme thriller inspirado na obra "Caixa de Pássaros" e transmitido mundialmente pela Netflix. Adoro quando uma obra literária ou adaptação cinematográfica divide opiniões. Os debates sérios e troca de opiniões respeitosas agregam muito para nossa rotina de leitoras e fãs do cinema. 

E quando acabamos mudando de opinião, após olhares diferentes e mais aprofundados, é uma experiência incrível, ao menos para mim. Foi o que aconteceu nesse caso. Quando li "Caixa de Pássaros", gostei do livro como um todo, mas fiquei muito brava com o autor, me senti enrolada e enganada. Achei a ideia original, o suspense fantástico, mas o fechamento me decepcionou, embora essa característica do autor, agora eu percebi, agrade a muitos leitores. Pois bem, assisti ao filme e gostei muito. E foi aí que decidi ler o novo livro de Josh Malerman, que sem mais delongas, é o assunto do post de hoje. =)


Eu ainda não pesquisei a fundo as opiniões sobre "Uma casa no fundo de um lago", mas já aposto que são controversas também, porque o autor realmente tem uma característica própria para desenrolar e fechar suas histórias. E isso é bom, aprendi no Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro, que estou frequentando, que o autor se destaca quando tem uma "marca" ou característica própria na sua escrita. Josh Malerman tem.

Seu novo livro não me decepcionou, embora seja uma história mais jovem adulto, até beirando ao infanto eu diria, mas estava preparada para o que viria, e consegui absorver melhor o que Malerman tenta nos passar. Sua vibe é construir metáforas para nos deixar pistas, questionamentos e abertura para interpretações!

"Uma casa no fundo de um lago", tem 160 páginas que contam a história de dois jovens de dezessete anos, o James e a Amelia. Estão apaixonados, decidem combinar seu primeiro encontro passeando de barco em um lago. E porque quando somos adolescentes em um primeiro encontro a gente sempre deseja aventura e quer impressionar, acabam encontrando uma passagem escondida que os leva a um terceiro lago (dois eram visíveis). Lá eles descobrem uma casa submersa, de dois andares, que desafia todas as leis da física, pois é mobiliada, com quadros na parede e tapetes no chão, que não flutuam!

Para mim não foi um livro aterrorizante, nem um romance água com açúcar. Ficou no meio termo, porque não conseguia parar de ler e agora conhecendo melhor a escrita do autor, tentar entender as entrelinhas. Interpretei como uma história que, principalmente, fala sobre as descobertas do amor na adolescência. E a partir disso, o autor conduz a narrativa, incluindo elementos de fantasia e suspense, sempre seguindo naquela linha que, quem conhece outros livros dele ou assistiu "Bird Box", já sabe.

Não foi a melhor das leituras, achei a história rápida demais, os personagens rasos e alguns aspectos mal trabalhados, mas agora não me permito mais ficar brava com autor nem dizer que é um livro ruim. Até porque assim como em "Caixa de Pássaros", gostei da premissa da história! Acho que pode atrair bastante o público jovem leitor. E só para reforçar que não desgostei de todo e que o autor tem sim suas qualidades, "Piano Vermelho" já está na minha wishlist!

Boa leitura!

0 comentários: