29 de abril de 2016

Eu li #63 - Meu nome é Jorge

Oi gente!

Essa semana esfriou em Curitiba. E como guerreiros que somos, fomos obrigados a adaptar nossos corpos de uma temperatura média de 30ºC para 3ºC em mais ou menos 24 horas. Sim! De um dia para o outro... pirlimpimpim! Claro que nós curitibanos já estamos acostumados a isso e já foram criadas até piadas que viraram clichês, como aquela que "ontem tomei sorvete, hoje tomei sopa".

Enfim, a parte séria é que é impossível nessas horas não pensarmos nos moradores de rua. Pois é. Porque se é difícil para nós, portadores de um teto, um chuveiro quente e um edredon fofinho, será que temos ideia do que significa o frio para essas pessoas? Eu não tenho a mínima ideia e tenho certeza que muitos que estão lendo esta postagem também não. Mas dias atrás li uma história, e puxando o gancho, posso garantir que o protagonista dela tem muita ideia do que é passar frio na rua. Seu nome é Jorge e sim, ele foi um morador de rua. Esse é o livro de hoje.


O livro do Jorge chegou em minhas mãos através do Projeto Pegaí Leitura Grátisemprestado aos voluntários para motivação e inspiração. E eu acrescento: para reflexão. Porque a história de Jorge em um primeiro momento pode parecer uma história triste. Mas quando olhamos para todo o contexto, ações e reações, escolhas, empatias, relacionamentos, ela transforma-se em uma história admirável. Jorge é o exemplo vivo do jargão que diz mais ou menos assim: "seja como o bambu, vergue-se até o chão, mas resista firme e supere as dificuldades". Foi exatamente isso que ele fez.


Jorge passou sua infância, adolescência e juventude, em condições extremas de pobreza e abandono. Por várias vezes, sentiu sua insistência com a vida ser provada e desafiada. Por muitas vezes pensou em desistir, em uma delas tentou. Mas sua força interior provou-se desmedida e, embora o maior mérito seja dele, as raras pessoas que o ajudaram, conseguiram enxergar nele muito além do que a maioria. E isso não me surpreendeu, porque acredito que todos temos "tesouros" que cruzam nosso caminho em algum momento da vida, que nos enxergam além das aparências, com a alma e o coração. Porque por maior que seja sua força, ninguém faz nada sozinho. Na minha opinião, reconhecer isso é uma atitude de fé e de humildade. E Jorge reconhece. Hoje Jorge é empresário, escritor, editor, ator. E tenho certeza, será mais do que vier e o fizer sentir-se útil ao mundo e ao próximo.


Li, refleti, aprendi muito com a história de Jorge. E ao final do livro descobri que "Meu nome é Jorge" não é uma apresentação, mas uma doação. A doação de uma pessoa que lutou pela sua vida e pelo seu futuro, lutou contra todas as tentações e armações possíveis. Lutou inclusive, contra ele mesmo. Lutou e ganhou seu lugar no mundo. Para hoje, como um vencedor, importar-se em dividi-lo com o próximo, fechando assim um maravilhoso ciclo de aprendizado e retribuição.

Temos o feio costume de nos vitimizar em algum momento da nossa vida. Quem nunca? Eu, por exemplo, não acho que minha vida foi fácil. O que conquistei, foi persistido, trabalhado, suado. Mas eu tive a benção de ter o amor dos meus pais, que fez toda a diferença. Então, como esse livro foi para mim, será para você. Se você acha que sua vida foi difícil, leia "Meu nome é Jorge". Eu recomendo mil vezes!

Beijos!

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