19 de janeiro de 2016

Eu li #43 - Kurt Cobain Fragmentos de uma autobiografia

Oi gente!

Antes da resenha de hoje, vou falar um pouquinho sobre música. Sabe, na minha vida sempre fui bem eclética com relação a música, assim como sou com a literatura. O que acontece é que, e confesso que isso foi um erro, muitas vezes me anulei em função do gosto de outras pessoas. Então, quando adolescente, lembro que era bem ligada ao rock. Não só com música, mas também adorava cores sóbrias e roupas com umas caveirinhas desenhadas (rs). Era um pouco de influência do meu irmão mais velho, que curte rock até hoje.

Porém, com o passar dos anos, minhas companhias de trabalho e faculdade não eram simpatizantes de rock, então acabei me afastando e curtindo outros estilos. Que aliás, não foram poucos, variaram da música clássica até o sertanejo. Não me arrependo, acho que a gente vive de momentos, e os meus momentos musicais deixaram boas lembranças. Alguns gostos duram até hoje, outros não consigo ouvir mais (rs). Aí que em 2014 conheci meu atual marido, e ele, roqueiro invicto, resgatou meus gostos antigos me apresentando a várias bandas que desconhecia ou conhecia superficialmente. Hoje escuto minha dose de rock diariamente e já tenho algumas bandas preferidas. E é sobre uma delas, ou melhor, o ex-integrante dela, que vou falar hoje: Kurt Cobain!


Eis que o marido, ao me converter para o rock, saiu gravando muita boa música em pen drives (faz isso até hoje!), para eu ouvir no carro. Começou me conquistando com The Doors e Johnny Cash, depois as bandas mais atuais. Nirvana foi uma das bandas, cujas músicas me envolveram. Uma das bandas mais importantes dos anos 90, surgiu no final de 1987 com a união dos amigos Kurt Cobain, Krist Novoselic e Aaron Burckhard. Além do som fantástico, descobri que deixou seu nome na história, então para variar, saí pesquisando a história da banda e suas composições, inclusive lendo o livro acima. Uma análise dos álbuns do Nirvana, escrita e organizada pelo jornalista Marcelo Orozco.

Banda Nirvana, composta por Aaron Burckhard, Kurt Cobain e Krist Novoselic.
O livro é perfeito para quem se interessa pelo som da banda e quer saber um pouco mais das composições. O autor não se aprofunda em filosofias ou polêmicas, apenas transita entre estudar a arte musical e contar um pouco da biografia do compositor. No início do livro ele conta sobre a formação do Nirvana e monta uma cronologia dos acontecimentos marcantes na carreira da banda. Depois ele analisa álbum por álbum, todas as músicas, contando como foi composta e gravada. Inclusive o repertório de músicas que só foram tocadas ao vivo ou gravadas em fitas e não saíram nos álbuns. O autor faz com que o leitor, que conhece um pouco da história de Kurt e seus conflitos, perceba no contexto das composições o quanto carregam dos sentimentos e experiências dele.

Kurt na gravação do "MTV Unplugged" em 1993
Um pouco de Kurt para deixar registrado? Kurt Donald Cobain nasceu em Aderdeen em 20 de fevereiro de 1967 e faleceu em Seattle, em 5 de abril de 1994. Cantor e compositor desde muito jovem, foi o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana. Sua composição "Smells Like Teen Spirit" foi responsável pelo início do sucesso da banda, popularizando um subgênero do rock alternativo que passou a chamar-se grunge. A carreira da banda foi curta (7 anos) e durante os últimos anos da banda, Kurt lutou contra o vício em heroína e depressão, mas as pressões impostas pela fama e imagem pública, somada ao seu conturbado casamento com a cantora Courtney Love, o levaram ao suicídio (que ainda hoje é questionado). Na verdade as circunstâncias da sua morte tornaram-se tema para grandes debates.

Gente, eu sou suspeita para falar de Kurt. Sua história é controversa, complicada e obscura. Mas em algum momento, me identifiquei com sua música. Me toca muito! Então, não cabe a mim julgar. Ele fez escolhas erradas? Na minha opinião sim. Mas isso não anula seu talento e a contribuição que ele deixou para a história da música. 

Kurt Cobain e Courtney Love via tumblr.com
A vida do cantor já foi retratada no cinema, na literatura e na TV. Aqui no livro, Orozco obviamente não traz as respostas para tantas perguntas em torno do "mito Kurt Cobain", como alguns definem. Mas certamente faz um trabalho excelente em reunir informações que no mínimo, nos permitem juntar os "fragmentos de uma autobiografia", levando-nos a reflexões profundas e interessantes. Para os fãs ou interessados, recomendo demais a leitura!

E já que mencionei no início do post, se você curte Johnny Cash, recomendo ver esse post aqui.

Beijos!

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