21 de agosto de 2015

Eu li #20 - Razão e Sensibilidade

Oieeee!

Finalizando a semana dos livros! Foi um post atrás do outro e ainda tem muita coisa para registrar aqui. E como no grupo Heroínas de Jane Austen estamos finalizando a leitura do segundo livro (Orgulho e Preconceito), hoje vou falar um pouquinho sobre o primeiro, que já tinha mostrado no meu post do mini-álbum. Meu exemplar de "Razão e Sensibilidade", também traduzido como "Razão e Sentimento", é esse aqui. Uma edição comemorativa ilustrada de capa dura. Linda!



Bom, eu sou suspeita para falar de Jane Austen. Primeiro porque dificilmente recuso a leitura de um clássico. A classificação já diz tudo, um livro clássico é aquele que marcou época e eternizou-se na história. Só pode ser um bom livro né? Para mim é aquele que sempre pede para voltarmos a ele. E assim acontece com os clássicos da escritora inglesa Jane Austen, que tinha como principal característica, imprimir em suas obras a posição da mulher no século XVIII. Seus livros são tão lidos no mundo todo que existe uma diversidade enorme para cada obra, desde as capas, traduções, ilustrações, até livros contemporâneos que exploram os seus temas.

Algumas capas da obra "Razão e Sensibilidade"

A obra "Razão e Sensibilidade" conta a história das irmãs Dashwood, Elinor e Marianne, que vivem com a mãe e a irmã mais nova após a morte do pai, obrigadas a mudarem para um chalé mais humilde, por generosidade do meio irmão. Naquela época as mulheres não tinham direito a herança, dependiam dos irmãos até casarem, isso explica porque haviam tantos casamentos arranjados. Em suas novas vidas, as dores e alegrias de Elinor e Marianne são contados a partir de então, de acordo com suas características marcantes e personalidades contrastantes.

Ilustração de Hugh Thomson
O que falar de Elinor e Marianne? Eu terminei o livro sem saber se gostei mais de uma ou de outra, até porque elas se modificam no decorrer do livro. Elinor é sensata e paciente. Começa sua história reservada, conservadora, julgando as pessoas e sempre escondendo seus sentimentos e usando a razão. Em contrapartida, é admirável o seu autocontrole e altruísmo. Já Marianne é impetuosa, mostra uma postura irresponsável e imatura, mas típica dos adolescentes e de certo modo, também admirada pela determinação e defesa da sua opinião. Ela se mostra como é. E desse jeito cada uma lidava com as situações a sua maneira e, embora tão diferentes, nutriam uma pela outra um amor incondicional.

Marianne e Elinor com a irmã mais nova, em uma cena do filme na versão de 1995, do diretor Ang Lee.
Mas o livro não fica por aí não. Jane Austen expressa essa característica em seus livros, usando muitos personagens secundários. Acontece até dela mencionar alguns e eles nunca aparecerem de fato. Mas também existem os mais importantes, dos quais a gente sempre escolhe um para preferir né? Em Razão e Sensibilidade, me despertou a curiosidade o Coronel Brandon. Confesso que seu personagem me atraiu, principalmente depois de saber sua história completa.

Coronel Brandon em cena da minissérie produzida pela BBC inglesa em 2008

Achei que em um contexto geral, a autora quis demonstrar as vantagens e desvantagens de ações guiadas pela razão e/ou pela emoção. É um livro que conta paixões, decepções, alegrias e surpresas, mas principalmente, o amadurecimento das duas personagens. Foi o que mais me agradou no livro. A maneira como as duas se modificaram, buscando um equilíbrio em suas personalidades, refletido nos acontecimentos em suas vidas, que não foram poucos! Só lendo para saber.


Por isso o estilo de Jane Austen me encanta, como a muitos leitores pelo mundo inteiro. Encontramos nas suas palavras sentimentos profundos e complexos, traduzidos de forma simples, mas que nos convencem e enchem o coração de emoção junto com os personagens. Realmente, como muitos avaliam, a escrita de Austen na maior parte representa a escrita da Inglaterra Georgiana, com termos formais e colocadas de maneira divergente de nossa realidade atual. Concordo que essa característica torna a leitura mais difícil, para alguns até chata, mas eu particularmente gosto. E como gosto!

Beijos!

1 comentários:

Patrícia Dias disse...

Concordo com vc sobre os clássicos, são livros que poderemos ler e reler e sempre trarão algo novo. São livros que abordam temas que permanecem atuais, como Jane que trata das relações humanas, amorXdinheiroXclasses sociais.
Sou fã !!!!
Adorei sua resenha, também gostei muito de acompanhar as mudanças no comportamento das duas.
Bjs,