24 de junho de 2016

Eu li #74 - Amor de Perdição

Oi gente!

Já estamos quase no final do mês dos namorados e eu aproveitei o tema para fazer algumas leituras estilo "Romeu e Julieta" (rs). E vamos combinar, impossível não comparar "Amor de Perdição" com a tragédia de Shakespeare né? Nem me preocupo com esse comentário parecer spoiller porque em primeiro lugar, acho que sou uma peça rara por não ter lido essa obra-prima de Camilo Castelo Branco. E em segundo lugar, não é preciso percorrer muitas páginas para saber que esse amor tinha tudo para ser triste! Minha nossa! Eu li nessa edição aí e a capa já diz tudo (rs).


A leitura é lenta por conta da linguagem arcaica, mas eu estava no embalo da literatura portuguesa na faculdade e, embora esse título não fizesse parte do escopo do semestre, incluí por conta. E não me arrependo, que história gente! Esse livro foi escrito em 1862 e fez parte da escola literária do Romantismo. Nessa época, o amor era escrito sempre carregado de dor e sofrimento. Para encorpar ainda mais isso, "Amor de Perdição" foi escrito em poucos dias, enquanto o autor estava na cadeia, e conta uma saga acontecida em sua família.

Algumas capas de "Amor de Perdição"

Simão e Teresa são os protagonistas. Dois jovens cujas famílias se odiavam (tá vendo?). Simão era metido a valentão, vivia da mesada dos pais e Teresa era a cara da mulher do século XIX. Esperava alguém para levá-la ao altar, mas nesse caso com uma particularidade: tinha que ser Simão ou mais ninguém. Nem quando o seu primo Baltazar, a personificação do noivo perfeito, a corteja, ela esquece seu primeiro amor. Simão e Tereza trocam cartas às escondidas e sofrem, e sofrem, e sofrem! Simão tem suas impulsividades e com elas se complica a cada dia, então sofre ainda mais! Tereza prefere ir para um convento a desistir de amar Simão, até que seu pai acata a ideia e aí ela sofre ainda mais! Gente, não é exagero. O livro é assim! Os pais dos infelizes, principalmente o de Tereza, fazem birra em nome da honra e levam o amor de seus filhos à loucura. 

Amor de Perdição na versão cinematográfica de 1979, dirigida pelo português Manoel de Oliveira.

No decorrer da história aparece João da Cruz, extremamente grato ao pai de Simão por um favor do passado, com sua filha Mariana, que acaba se apaixonando pelo moço. Passamos então a ler a história de três pessoas que amam demais, e sofrem! Então sim, é uma história sofrida, mas MUITO BEM ESCRITA! Uma linda história de amor proibido, cativante e envolvente!

Beijos!

2 comentários:

Sonia Cirino disse...

Olá querida!!

Saudades de ti!!
Adorei o vídeo e já estou devidamente inscrita no canal.

Sucesso sempre!!!
bjs

Sonia Cirino disse...

Uau!! Sua coleção Alice no País das Maravilhas!! Coleção de respeito.

Linda! Parabéns.

beijão