8 de março de 2016

Eu li #52 - A Hora da Estrela #projetolendomulheres

Oi gente!

Fui convidada para fazer parte de uma postagem coletiva do Projeto Lendo Mulheres, da amiga Pati Dias. As amigas Leila Cardoso e Nice Sestari também participam, não deixem de conferir! Ontem já deixei na Segundica Literária da semana cinco sugestões de grandes autoras estrangeiras que li e resenhei no blog, para acessar a postagem só clicar aqui.

E hoje, oficialmente Dia Internacional da Mulher, decidi registrar minha homenagem com uma escritora brasileira que gosto e admiro demais. Estou falando da eterna Clarice Lispector, que era pura inspiração e deixou para nós a exata definição de mulher: um ícone de inspiração, uma explosão de sentimentos e uma grande seriedade para as funções com que se dedicou em vida. O livro lido foi "A Hora da Estrela", uma de suas obras mais reconhecidas.


Definir Clarice e sua escrita não é tarefa fácil. Nem espera-se ler dela uma obra como as outras, das mais comuns até as mais elaboradas. Porque Clarice é unica. E sendo única, ela consegue feitos únicos. Como por exemplo, criar um narrador homem, que é escritor e conta a história em paralelo com o seu próprio processo criativo. Pode? Para Clarice sim e assim ela escreveu "A Hora da Estrela". Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice) conta a história de Macabéia, uma nordestina de 19 anos, órfã de pai e mãe, que sai do sertão de Alagoas buscando uma vida melhor no Rio de Janeiro.

O livro tem 87 páginas. Mas não se engane você achando que é um "livrinho". Se tem uma coisa que Clarice Lispector fazia muito bem era transformar contos e crônicas em textos impactantes, dramáticos, cômicos e povoado de metáforas. Clarice em suas obras joga tudo isso no liquidificador e nos serve um belo copo de apelo psicológico (falando em metáforas), que sem exagero, mexe até com o inconsciente. Não é à toa que foi tão criticada. Alguns a chamavam de alienada, quando no fundo ela estava muito a frente de nós. "A Hora da Estrela", na minha opinião, é uma nítida crítica ao preconceito e choque cultural. Além de um desabafo dos conflitos gerados na mente de um escritor.


O fato é que a escrita de Clarice é a prova do poder da mulher. Ela criou uma linguagem própria, que tinha o poder de sondar, através de narrativas simples e do cotidiano, os lugares mais profundos e escondidos da nossa alma. Esse seu jeito único de produzir a escrita a tornou uma das escritoras mais aclamadas da literatura modernista brasileira.


Clarice Lispector como escritora, na minha opinião, é única. Assim como cada uma de nós, mulheres, somos no que fazemos de melhor, ser mulher! Feliz Dia da Mulher a todas!

Beijos!

2 comentários:

Lolô Artesanato disse...

Preciso voltar a ler Clarice, faz anos que não leio nada dela!
Amei o post e feliz dia para vc!
Bjs

Patrícia Dias disse...

Escolha perfeita! Também preciso ler mais Clarice.
bjs,