10 de setembro de 2016

Eu li #82 - Watchmen (Edição Definitiva)

Oi gente!

Tentando colocar as resenhas em dia, aproveito os dias da Bienal de Quadrinhos aqui em Curitiba para deixar uma das leituras de HQs mais complexas dos últimos tempos! Também considerada por muitos uma das melhores, Watchmen me deixou sem fôlego, me deu trabalho, me desafiou e no finalmente, me fez gostar muito. Mais que o filme! Então vou contar um pouquinho sobre essa grande obra de Alan Moore que mais parece uma desordem ordenada (rs).



Tudo começa com os homens-minuto, um grupo de heróis dos anos 40 que caíram no esquecimento. Eis então que um deles, o Comediante, foi assassinado. O que fez Rorschach (outro membro da equipe) começar a investigar, temendo uma conspiração contra o grupo todo. Aliás, esse Rorschach se destaca por ter um raciocínio bem analítico das coisas e não sossega até chegar às respostas. Já ouvi que é um dos personagens mais apreciados pelos leitores. Discordo em partes, não fui fã. Achei ele bem sociopata. Mas com suas suspeitas, ele acaba incentivando a formação de uma nova equipe, com novos personagens, incluindo a filha da Espectral e o novo Coruja, que desenvolvem um romance no decorrer da trama.



Um detalhe que me chamou a atenção. Em Watchmen, Alan Moore mostra os personagens, não com os esteriótipos de super-heróis, mas como personagens com problemas psicológicos de diversos gêneros e fraquezas gritantes. Alguns são violentos, imorais e por isso excluídos da sociedade. Mas a história também inclui poderes extraordinários, como do Dr. Machattan, que após sofrer um acidente de laboratório, destacou-se ao impulsionar os EUA como a potência do mundo. Sim, como a maioria das HQs que eu li, os temas políticos são narrados com recorrência.

Detalhe no final cada capítulo: Um trecho de uma obra da literatura ou de um grande pensador.

Não vou negar. Achei a leitura complexa e de longe é uma HQ para crianças. Os temas abordados são pesados, as histórias são entrelaçadas e não são apresentadas em ordem cronológica. Em meio às investigações, tem várias narrativas em flashbacks. Mas o desfecho para mim foi inesperado e embora eu tenha ficado no ar com algumas questões não respondidas (talvez por não conhecer a história de cada personagem a fundo), achei uma leitura incrível e desafiadora.


Ah! E uma sugestão para quem apenas viu o filme. Leia a HQ! Eu vi o filme e sinceramente, não gostei totalmente. É muita história para uma narrativa de cinema e não gostei das alterações feitas. Achei o filme confuso, embora tenha curtido a ambientação vintage


Essa edição da HQ é maravilhosa! O processo de criação foi perfeito e as ilustrações são fantásticas. Show de bola!

Beijos!

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