11 de março de 2014

Eu li #1 - O livro dos abraços - Eduardo Galeano

Oieee!

Hoje o post vai falar de um livro que li no ano passado. Daqueles livros que a gente compra pela capa e pelo título sabe? (rs). Mas quando me encontrei com esse livro, imaginei-o diferente.



Pensei em uma história com começo, meio e fim. Imaginei tantas coisas. E sem hesitar, o adquiri. Para depois me surpreender. Mas a surpresa não foi ruim não, pelo contrário, foi uma surpresa boa! O Livro dos Abraços no final das contas, não conta uma história. Conta várias. Pequenos acontecimentos gravados na memória do escritor, que vão tomando forma e "abraçando-se" no decorrer da leitura.

Palavras recheadas de poesia, sonhos e liberdade. Todas ouvidas, lidas ou presenciadas por Eduardo Galeano, um escritor uruguaio que viveu na época da ditadura militar na América Latina, e foi exilado na Espanha no período entre 1973 e 1985. E seu livro é isso. O resultado de sua vivência. Um diário de memórias. Uma coleção de momentos que nos tocam e nos inspiram.

O ar e o vento - uma das páginas de O Livro dos Abraços

No começo da leitura do livro, fiquei confusa. Não entendi muito bem a intenção do autor, mas ainda assim não conseguia parar de ler. Depois percebi que ele sacode a gente com as palavras, questiona a arte, a moral humana. Percorre no mais profundo das coisas mais simples. 

O trabalho de Galdeano é um pouco do diário da sua vida. No final descobrimos porque as histórias se abraçam e alguns personagens são os mesmos do início ao fim. Definitivamente, uma leitura diferente e prazerosa. Um livro que podia bem ser daqueles de cabeceira, que a gente pode ler um pouquinho por dia, e não necessariamente em alguma ordem.

Um livro que contém poucas frases que dizem muito!

Beijos!

2 comentários:

Sandra disse...

Esse livro me traz muitas recordações boas porque me foi indicado por dois amigos contadores de histórias, a Delani Alves e o Carlos Daitchman. Aquele conto em que o menininho diz "Pai, me ensina a olhar..." me arrepia de tão lindo.
Dica maravilhosa, Ale!
bjs!

Elis disse...

Nossa... esse trecho que você colocou me lembrou um pouco Manoel de Barros. Um jeito de desconstruir o texto, para construir a idéia, não sei. Mas lembrei e fiquei curiosa para ler um e reler o outro! Bjos!