15 de dezembro de 2018

EU LI: Elias Poe e os Manuscritos de Qunram (R. D. Bertozzi)

Oi gente!

Hoje temos um post inédito! Primeira vez impressões de uma leitura do Desencalha em versão escrita e não em vídeo (quem quiser saber mais sobre o projeto desencalha acessa a playlist no canal). Minha escolha em fazer post no blog originou-se de dois motivos: 1) o vídeo com os livros para o Desencalha 2019 ficaria muito extenso para incluir minhas impressões da leitura e não cogitei fazer um vídeo exclusivo porque 2) não curti a leitura (rs). Pois é. Vamos ao livro!


A proposta do livro é interessantíssima. Antes de iniciar a leitura eu fui pesquisar o que afinal eram esses "manuscritos de Qunram" e pasmem! Descobri que os também chamados "manuscritos do Mar Morto" foram descobertos ao acaso, por um grupo de beduínos (pastores) no ano de 1947, em cavernas localizadas nas cavernas de Qunram, na Cijordânia. 

A coleção completa foi descoberta em 11 cavernas, a noroeste do Mar Morto, em Israel. Foto: Google

A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948 e esses achados são considerados um dos maiores acontecimentos arqueológicos do século XX. Segundo estudiosos, contém literatura judaica e detalhes da época em que Jesus viveu, inclusive mencionando os misteriosos essênios. Entretanto, pesquisando encontrei inúmeros debates e controvérsias sobre o assunto, por isso prefiro não me aprofundar. Mas se interessou, dá um google aí e manda ver nas pesquisas!
O assentamento de Qumran - via www.chamada.com.br/mensagens/manuscritos_de_qumran.html
Fiz questão de inserir essa introdução histórica, justamente para justificar porque não curti o livro. Embora seja uma história que pode até ser considerada para o público juvenil, pela fluência da leitura e fácil vocabulário, me pareceu que se ninguém souber antes do que se trata, não entenderá nada!

Apesar da ambientação histórica, a narrativa se passa em Roma, no ano de 2006. Elias Poe é um jovem de dezesseis anos, estudante da cidade de Sophia e pertencente a um grupo designado para proteger os Manuscritos de Quram. Após receber uma visita mística e maléfica, também descobre que tem certos poderes e precisa conter uma seita antiga, que planeja vingar-se da humanidade e apoderar-se dos segredos contidos nos documentos.

Temos aventuras, mistérios, magia, muitas menções históricas que inclusive, não me deixam tirar o mérito do autor que mostrou um conhecedor profundo de história e literatura (no livro ele cita Dom Quixote, Dante Alighieri, Dali, Picasso, Alexei Romanov e por aí vai, embora achei muita informação para um livro só). Ou seja, a narrativa não fica cansativa em momento algum, ao contrário, é rápida demais pelo conteúdo abordado e é aí que eu achei que não "casou". Não combinou a profundeza da abordagem história com a narrativa infanto/jovem-adulto, dependendo do leitor. O autor dá detalhes aprofundados da ambientação histórica por exemplo, em uma conversa de Elias Poe com seu professor, e do nada, eles começam a conversar sobre a paquera do menino. 

Talvez eu esteja em uma fase "chata" para leituras, mas não curti. No final do livro menciona-se que é uma trilogia (aí piorou para mim!) e faz sentido pelo final que o autor colocou. Porém, procurei os demais livros e não encontrei. Será que o primeiro livro não agradou mesmo? 

Beijos!

0 comentários: